Marion Chatton, nascida em São Paulo e residiu por alguns anos em Campinas, é conhecida no cenário artístico como Chatt. Com interesse despertado ainda muito jovem, influenciada pelas exposições de arte que sua mãe a levava, hoje é um importante nome das artes visuais.

 

Quando foi para Campinas em 2012, adentrou nas artes plásticas, emergindo dos desenhos para as pinturas. Quando notou, estava pintando em grandes telas e descobrindo sua própria vertente, que não se adaptava em seguir um padrão realista até ficar igual a algo, criando assim seus próprios abstratos através de traços livres, geometrias, círculos e toda forma que seu subconsciente criasse.

 

Novamente em São Paulo e em contato com diversos grafiteiros, explora entre a agilidade de fazer um trabalho na rua e o maior tempo de estudo em um ateliê, com os estilos se comunicando entre si. Aproveitando também para coletar objetos urbanos (especialmente em caçambas) para a criação de novas artes.


Ao perguntarem na rua sobre o que ela estaria pintando, devolve com outra pergunta: “o que você está entendendo sobre isso?”.


 

 

 

 

 

 

 

Larissa, vinda do Jardim Alvorada em Santo André para as ruas do Centro de São Paulo, tem 30 anos e ganhou destaque recentemente com sua arte, assinando como Devanneio (Anne). Arquiteta de formação, sentiu a necessidade de explorar as suas quimeras, transferindo tudo para os muros e consequentemente para as telas.

 

Seus trabalhos falam sobre nos encontrarmos em nossas próprias bagunças. Telas com entulhos de objetos que representam experiências, traumas, memórias, apegos e tudo o que temos que deixar para trás até atingir o novo (e continuar se reciclando). É possível sentir os efeitos da mudança e profundidade em suas telas feitas de acrílico com tamanha intensidade.

 

 

 

 

 Thiago, 35 anos, morador de Jardim Vila Formosa, zona leste de São Paulo, é conhecido como Mes 3 (Mestres), um dos valiosos nomes do graffiti paulistano. Com Wild Styles grandes, de pontas e linhas agressivas, o grafiteiro travou sua guerra contra o “Cinza”. Um projeto nefasto da prefeitura de São Paulo que age na contramão da cultura, apagando tudo nas grandes avenidas da cidade. Um conflito que perdura até os dias atuais.Vias públicas, grandes avenidas, viadutos e túneis são os alvos mais consideráveis.

 

A constância de sobreposição de tintas do Mes 3 e do cinza da prefeitura é tão alta, que formam grandes camadas de tinta - em que o artista retira dos muros e cria uma nova arte a partir dali. Baldes de tinta, cavaletes, camadas de muros, fotos, uma imensidade de trabalhos com objetos provindos da rua. Mesmo que a prefeitura apague, ele tem os registros de tudo e cria novas coisas a partir disso, mantendo aquele graffiti vivo em memória e artefato.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Sheila, 31 anos, residente do Centro de São Paulo, deu seus primeiros passos e traços na arte em sua adolescência, onde já desenhava por prazer até que formou-se em Artes Visuais conforme seu dom se desenvolvia.

 

A partir disso, aprimorou e descobriu novas técnicas, inclusive sobre a arte urbana - o que a fez mergulhar na cultura de rua e ter o graffiti como uma de suas imprescindíveis referências. 

 

Seu trabalho é uma extensão de si, ou seja, Sheila exterioriza mulheres negras com fortes e cuidadosos traços em xilogravuras lancinantes. Suas telas feitas em acrílico também transpassam este sentimento, a valorização do corpo negro e toda a bagagem que sua história traz.

Leonardo, conhecido no meio artístico como Oel. Nascido em Salvador, mas há anos morando em SP, o artista realiza trabalhos como Graffiti, ressignificação de objetos descartados, artes digitais e manuais.

Focado no contexto natural, sobre a convivência do ser humano e o meio ambiente. Seus processos criativos e mais concretos começaram por volta de 2012, onde adentrou ao graffiti e começou a ter maior compreensão da cultura Hip-Hop como um protesto que gritava dentro de si.

Atualmente utiliza diversos suportes (em sua maioria reciclados) para trabalhos e estudos. Oel entendeu a necessidade de produzir menos e consumirmos de locais onde a matéria prima já é existente. Ou seja, trata-se da urgência em ressignificar: "Dar novo sentido, valor, forma ou função a algo".

Residindo no Centro de São Paulo, é fácil notar a ausência de árvores e espaços verdes. Onde o que há de verde, está sufocado por um concreto frio. Como objetivo de seu trabalho, atua como um "Semeador do Concreto Vivo". Local onde planta suas flores, em maior parte das vezes margaridas e que são uma representação da Mãe Terra, criadora e potente. E de sua filha, Maria Flor, representada e sempre lembrada em seus pensamentos e trabalhos.